30/06/2006


"Sansa" é nome de filme (o autor, Siegfried, chama-lhe ensaio) que vai à Praça.
É uma obra genial, uma espécie de poesia da errância que nos faz viajar através de um super herói marginal e incrivelmente simpático. Rodado em França, Espanha, Itália, Hungria, Rússia, India, Japão, Egipto, Portugal, Gana e Burkina Faso... paisagens de fronteiras.
Sansa é também um personagem, um homem livre, um Corto Maltese dos nossos dias. Ele ama as mulheres e as estórias de amor. A câmara acompanha-o, ele anda a pé, de comboio, deambula, observa o mundo. Sansa é uma sinfonia de rostos, de reencontros memoráveis... há sempre a polícia, o chefe de orquestra e o violino de Ivry Gitils (Bartok, Debussy, Ravel...) a guiar os seus passos. Sansa não passou nos cinemas portugueses, mas pode ser encontrado numa praça qualquer. Cabe a nós descobri-lo. E, se por acaso der com ele, aproveite para dar dois dedos (gordos) de conversa.