Fellini e exposição de Arturo Zavatini
Arturo Zavattini foi operador de câmara em LA DOLCE VITA, e durante a rodagem, sobretudo durante os tempos mortos, tirou uma série de fotografias absolutamente notáveis. O filme assinala o ponto em que Fellini se começou decididamente a afastar do “(neo-)realismo”; nada disso impede, porém, que LA DOLCE VITA se veja hoje, também, como um grande filme-documento sobre a Roma do final da década de 50. Para rever o filme e visitar a exposição de Arturo Zavattini. Hoje, na Cinemateca, às 21:30, Sala Dr. Félix Ribeiro.
Ciclo 'Fellini: Dos Tempos de Zavattini (Cesare) às Fotografia de Zavattini (Arturo).
E amanhã...
O ponto de partida deste filme foi o cancelamento de um projecto de Fellini. Vendo a alegria dos técnicos diante da hipótese de fazer um novo filme (só ele sabia do cancelamento do projecto), Fellini decidiu fazer um filme sobre um filme que não se faz. O resultado foi OTTO E MEZZO, no qual Fellini abandona por completo o realismo, a causalidade e a narrativa linear, numa obra quase abstracta, marcada por uma poderosa imaginação visual. Nota para a fantástica e universal música de Nino Rota, um dos compositores que trazemos sempre n'Alcofa.
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