14/10/2005


A "Sopa de Arroios"

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O Largo de Arroios - escuso dizer-to - era um arrabalde de Lisboa ainda há cento e cinquenta anos. Ameno, sussurrante de hortas verdejantes, como o seu nome indica, salpicado de casas e de alguns palácios seiscentistas - continuação mais pura de Santa Bárbara - Arroios, por cuja estrada se fazia a saída de Lisboa para Sacavém, tem também o seu pedaço de história fugaz a ilustrá-lo.

No comêço do século passado, a quando das invasões francesas, Lisboa foi refúgio das gentes vindas das regiões taladas pelas botifarras dos soldados de Junot, Soult e Massena. Mais de 50.000 pessoas - calculam alguns historiadores - estavam recolhidas em Lisboa na época da útima invasão. Para acudir a êsses indigentes, o Senado da Camara - e com que sincero respeito se pronuncia sempre êste dísitico "Senado da Câmara"! - fazia distribuir refeições diárias: era aqui um dos locais esolhidos. Eis o sítio da "Sopa de Arroios" - o sítio do Cruzeiro de Arroios.


Em "Peregrinações de Lisboa", Norberto Araújo. Figura: "A Sopa de Arroios", Domingos António Sequeira, Museu Nacional de Arte Antiga

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